sexta-feira, 15 de abril de 2011

Atividade fisica no controle da pressão arterial


A hipertensão arterial sistêmica representa uma das maiores
causas de morbidade cardiovascular no Brasil e acomete 15% a 20% da população adulta, possuindo também considerável prevalência
em crianças e adolescentes. Considerada um dos principais
fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares, representa alto custo social, uma vez que é responsável por cerca
de 40% dos casos de aposentadoria precoce e absenteísmo no
trabalho em nosso meio com hipertensão arterial sistêmica constituem um problema de saúde pública no Brasil.
O sedentarismo também constitui importante fator de risco, já
estando bem estabelecida a ocorrência de maior taxa de eventos
cardiovasculares e maior taxa de mortalidade em indivíduos com
baixo nível de condicionamento físico
Modificações no estilo de vida, incluindo exercício físico, são
recomendadas no tratamento da hipertensão arterial. Estudo envolvendo 217 pacientes de ambos os sexos, com idade variando
de 35 a 83 anos, mostrou que a adesão a medidas não farmacológicas,dentre as quais a prática de exercício físico, promoveu sensível efeito na redução dos níveis pressóricos
Estudos randomizados mostraram efeitos indesejáveis do tratamento
farmacológico em subgrupos de pacientes com hipertensão
arterial sistêmica, sugerindo uma mudança na abordagem do
tratamento dos mesmos. O efeito do exercício físico sobre os níveis
de repouso da pressão arterial de grau leve a moderado é
especialmente importante, uma vez que o paciente hipertenso pode
diminuir a dosagem dos seus medicamentos anti-hipertensivos ou
até ter a sua pressão arterial controlada, sem a adoção de medidas
farmacológicas.
O exercício físico aeróbico tem sido recomendado
para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica leve.
somente 75% dos pacientes hipertensos são responsivos ao
treinamento físico, uma vez que a hipertensão arterial sistêmica é
uma síndrome poligênica e que pode ser influenciada pela herança
genética.
A busca de uma explicação para o efeito redutor do exercício
sobre a pressão arterial de indivíduos normotensos e, principalmente,
hipertensos tem motivado inúmeras pesquisas nas últimas
décadas, sendo a redução da pressão arterial diastólica em repouso
após treinamento a mais largamente estudada. Os mecanismos
que norteiam a queda pressórica pós-treinamento físico estão
relacionados a fatores hemodinâmicos, humorais e neurais. Todavia.
os efeitos benéficos do exercício físico devem
ser aproveitados no tratamento inicial do indivíduo hipertenso, visando evitar o uso ou reduzir o número de medicamentos e de
suas doses. Em indivíduos sedentários e hipertensos, reduções
clinicamente significativas na pressão arterial podem ser conseguidas
com o aumento relativamente modesto na atividade física,
acima dos níveis dos sedentários, além do que o volume de exercício
requerido para reduzir a pressão arterial pode ser relativamente
pequeno, possível de ser atingido mesmo por indivíduos sedentários

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